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Greenwashing e Social Washing: Entenda o que são e a relação entre eles

Greenwashing e Social Washing: Entenda o que são e a relação entre eles

Os termos “Greenwashing” e “Social Washing” estão interrelacionados, pois ambos consistem em práticas enganosas adotadas por empresas com o intuito de dar a impressão de que estão comprometidas com a sustentabilidade ambiental e social, quando, na realidade, suas ações não são tão benéficas quanto parecem.

Isso vem acontecendo em virtude da crescente preocupação global com a adoção de práticas inclusivas e sustentáveis nas organizações, e, enquanto algumas empresas realmente estão se estruturando para atender tais requisitos e se adequar às exigências do mercado, outras apenas fingem que se adequam apenas para impressionar investidores e consumidores.

Neste post, trataremos acerca do significado desses termos, como evitá-los e responderemos algumas perguntas frequentes sobre o tema. Siga com a leitura para saber mais!

 

O que é a prática de Greenwashing?

O termo “Greenwashing” combina as palavras “verde” (green) e “lavagem” (washing), e representa estratégias de marketing utilizadas por empresas para apresentar uma imagem ambientalmente amigável, sustentável ou ecologicamente correta, quando suas práticas reais não estão alinhadas com esses valores.

Alguns exemplos de Greenwashing mais comuns são o uso de rótulos ambientais enganosos em produtos, publicidade que destaca ações positivas isoladas enquanto ignora práticas prejudiciais e a promoção exagerada de iniciativas ecológicas insignificantes.

Em outras palavras, conforme mencionado anteriormente, a prática de Greenwashing explora a crescente conscientização ambiental entre os consumidores, capitalizando a demanda por produtos e serviços ecologicamente corretos.

Dessa forma, muitas empresas usam campanhas publicitárias que destacam ações específicas, como a redução de emissões de carbono ou o uso de embalagens recicláveis, enquanto ignoram aspectos mais amplos e críticos de suas operações que contribuem para a degradação ambiental.

 

Quais são os riscos do Greenwashing?

Os riscos do Greenwashing vão desde a desinformação do público, e a perda de confiança dos consumidores, até a redução do impacto positivo de iniciativas autênticas de sustentabilidade.

Diante deste cenário, à medida em que a sociedade se torna mais consciente e exigente em relação às práticas empresariais éticas e responsáveis, o Greenwashing tem sido cada vez mais identificado, demonstrando a necessidade de transparência e responsabilidade genuína por parte das organizações que buscam construir uma reputação sustentável. Portanto, a detecção e combate ao Greenwashing são essenciais para promover práticas empresariais verdadeiramente sustentáveis e contribuir para um futuro mais consciente e ambientalmente equilibrado.

 

Quais são os sete indicadores do Greenwashing?

Os sete indicadores de Greenwashing foram estabelecidos pela agência canadense TerraChoice, conforme matéria publicada no porta da revista Exame, e elencou critérios específicos para identificar práticas enganosas em apelos ambientais.

Desse modo, esses “sinais” destacam estratégias comuns adotadas por empresas que buscam criar uma imagem de comprometimento ambiental, mesmo quando suas ações podem não corresponder a tais valores.

O primeiro sinal, “sem provas”, está relacionado a apelos ambientais que carecem de evidências verificáveis, seja por meio de informações facilmente acessíveis ou de certificações de terceiros confiáveis. Por exemplo, empresas que afirmam utilizar materiais recicláveis ou reciclar embalagens sem fornecer evidências tangíveis exemplificam esse sinal.

O segundo indicador, “troca oculta”, aborda empresas que destacam a ecologicidade de um produto ao substituir algo prejudicial em sua composição, mas que ignoram os impactos negativos do processo de produção.

O terceiro sinal, “vagueza e imprecisão”, caracteriza-se pelo uso de expressões mal definidas sem oferecer detalhes ou explicações concretas sobre as práticas ambientais relacionadas ao produto, deixando os consumidores confusos sobre seu verdadeiro significado.

O quarto indicador, “irrelevância”, descreve um apelo que, embora verdadeiro, não contribui para os consumidores que buscam produtos ecologicamente responsáveis. Esse sinal é comumente utilizado para afirmar a ausência de substâncias nocivas já proibidas por lei.

O quinto indicador, “menor dos males”, refere-se a um apelo verdadeiro que destaca a redução de uma substância prejudicial, mas que, apesar disso, ainda gera impactos ambientais negativos. Isso muitas vezes ocorre em produtos que reduzem o peso das embalagens de plástico, mas mantêm os mesmos impactos ambientais.

O sexto sinal, envolve alegações falsas por parte da empresa, que reivindica práticas sustentáveis inexistentes.

O sétimo e último indicador, aborda o uso de rótulos falsos, uma prática enganosa em que empresas aplicam certificações ou selos ambientais que não são autênticos.

Desta forma, identificar esses sinais é essencial para os consumidores e reguladores evitarem serem enganados por Greenwashing, incentivando a avaliação fiel das práticas de sustentabilidade das empresas.

 

O que fazer para evitar o Greenwashing?

Para evitar o Greenwashing, é preciso que os consumidores, organizações e reguladores adotem uma análise mais criteriosa das ações e declarações de sustentabilidade, tais como a pesquisa cuidadosa das práticas operacionais da empresa, a busca por evidências tangíveis de compromisso ambiental, e a avaliação de iniciativas amplas em vez de focar apenas em aspectos isolados.

Em outras palavras, é preciso exigir transparência e responsabilização por parte das empresas para incentivar práticas genuínas e desencorajando estratégias enganosas, as quais devem ser penalizadas de alguma forma.

 

Qual a diferença entre Marketing Verde e Greenwashing?

A diferença entre “Marketing verde” e Greenwashing está justamente na autenticidade e na integridade das práticas e mensagens.

Assim sendo, enquanto o marketing verde reflete estratégias legítimas de marketing que destacam práticas sustentáveis e responsáveis, alinhadas com ações concretas da empresa, o Greenwashing é uma prática enganosa que cria uma fachada de comprometimento ambiental sem uma correspondência real nas operações.

Em outras palavras, enquanto o marketing verde promove práticas reais e transparentes, o Greenwashing é uma forma de manipulação que visa apenas melhorar a imagem da empresa.

 

O que significa Social Washing?

O “Social Washing”, por sua vez, segue o mesmo princípio do Greenwashing, mas está mais especificamente ligado à responsabilidade social corporativa. Esta prática ocorre quando uma empresa tenta dar a impressão de que está comprometida com o bem-estar social e a responsabilidade social, mas, na prática, suas ações são altamente questionáveis.

Alguns exemplos de “Social Washing”, são a promoção de ações filantrópicas isoladas, enquanto outras práticas da empresa prejudicam comunidades ou grupos sociais e estratégias de marketing que enfatizam uma imagem positiva em relação a questões sociais, sem uma mudança real nas políticas ou práticas da empresa.

 

Qual a relação entre Greenwashing e Social Washing?

A relação entre essas práticas é que ambas refletem uma preocupação com a autenticidade e a transparência das ações das organizações.

Contudo, tanto os consumidores quanto os investidores e demais stakeholders estão cada vez mais atentos a essas práticas, buscando empresas genuinamente comprometidas com a sustentabilidade ambiental e a responsabilidade social, em vez daquelas que apenas buscam melhorar sua imagem por meio de estratégias de marketing enganosas.

 

Conclusão

Diante do exposto, é fácil perceber que ambos os fenômenos destacam a importância da autenticidade, transparência e responsabilidade genuína por parte das empresas, em meio à crescente conscientização dos consumidores sobre questões ambientais e sociais. Por esse motivo, é essencial identificar práticas empresariais verdadeiramente sustentáveis e socialmente responsáveis e encorajar uma avaliação constante das ações das organizações.

Agora que você já sabe mais sobre a relação entre Greenwashing e Social Washing, se você gostou desse conteúdo, deixe seu comentário e compartilhe com que ele possa ser útil!

Gabriela Maluf

Founder & CEO da Thebesttype, empreendedora, escritora, advogada com 18 anos de experiência, especialista em Compliance Trabalhista, Relações Trabalhistas, Sindicais e Governamentais, Direito Público e Previdenciário, palestrante com mais de 200 eventos realizados e produtora de conteúdo técnico otimizado em SEO para sites e blogs. Atualmente ajuda empreendedores e profissionais liberais a crescerem digitalmente por meio de estratégias de Marketing de Conteúdo.

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