Métricas para avaliar no seu Compliance até o final de ano

Por esse motivo, trataremos neste artigo de algumas métricas e indicadores importantes que você pode considerar para avaliar o compliance de 2023 e aprimorar o programa para 2024. Siga com a leitura e saiba mais sobre a avaliação das métricas de compliance de 2023 e faça o planejamento do compliance para 2024!

O que são indicadores de compliance?

Os indicadores de compliance são métricas mensuráveis utilizadas para avaliar a eficácia e a conformidade das práticas de uma organização com leis, regulamentos, padrões éticos e políticas internas aplicáveis ao contexto e atividades desenvolvidas pela empresa. Desse modo, o objetivo principal dessas métricas é proporcionar uma visão objetiva do status do programa de integridade e identificar áreas que necessitam de melhorias.

Quais são os principais indicadores de compliance?

Os indicadores de compliance são diferentes para cada organização, isso porque eles precisam refletir os seus objetivos, ou seja, as métricas e indicadores precisam estar alinhados com a estratégia empresarial e, claro, com as peculiaridades de cada negócio. No entanto, em linhas gerais, os principais indicadores de compliance são:

1. Taxa de Conformidade: Nível de conformidade com leis, regulamentos e políticas internas, é geralmente medido em a auditorias internas ou externas, por exemplo;
2. Número de Não Conformidades: Contagem total de violações ou falhas em relação a políticas, leis ou regulamentos específicos;
3. Tempo Médio de Resolução de Não Conformidades: Período médio necessário para corrigir e resolver não conformidades identificadas;
4. Participação em Treinamentos de Compliance: Mede a adesão dos funcionários a treinamentos obrigatórios e não obrigatórios relacionados à disseminação das políticas de compliance;
5. Índice de Denúncias Éticas: Número e tipo de denúncias éticas recebidas, indicando a eficácia dos canais de denúncia;
6. Avaliações de Risco: Resultados de avaliações de risco que identificam áreas com maior potencial de não conformidade;
7. Avaliações de Terceiros: Avaliação da conformidade de fornecedores, parceiros e outras partes externas em relação aos padrões regulamentares exigidos;
8. Monitoramento de Auditorias Internas e Externas: Acompanhamento de descobertas e ações corretivas decorrentes de auditorias internas e externas;
9. Atualizações Legislativas e Regulatórias: Ajustes e atualizações nas políticas de compliance em resposta a mudanças nas leis e regulamentos;
10. Simulações de Incidentes: Avaliação da eficácia dos planos de resposta a incidentes e da prontidão da organização para lidar com situações de não conformidade.

Essas métricas ajudam as organizações a quantificar e qualificar a eficácia de seus programas de compliance, proporcionando insights voltados para a tomada de decisões e aprimoramento das práticas de conformidade.

Como avaliar a efetividade de um programa de compliance?

Em primeiro lugar, é importante frisar que a efetividade de um programa de compliance vai além de simplesmente contabilizar métricas específicas, tendo em vista que essa é uma avaliação ampla e que reflete a eficácia geral das práticas de conformidade de uma organização. Por esse motivo, o êxito não se resume apenas a números, mas sim à construção de uma cultura organizacional ética, ao gerenciamento eficaz de riscos e ao estabelecimento de uma reputação sólida, dentre outros aspectos.

Por todos esses motivos, o programa de compliance precisa ser monitorado continuamente e isso envolve atualizações e adaptações constantes, pois a realidade e até mesmo a rotina da empresa são dinâmicas. Por isso, conforme mencionado anteriormente, os objetivos da empresa precisam estar claros.

Em outras palavras, o sucesso de um programa de compliance está intrinsecamente ligado à criação de uma cultura ética, ou seja, na real internalização de valores éticos por parte dos colaboradores. A organização bem-sucedida em compliance é aquela que além de estabelecer regras, fomenta um ambiente onde a ética é, de fato valorizada e incorporada nas decisões cotidianas.

Além disso, o sucesso deve ser medido também pela capacidade da organização de identificar e gerenciar proativamente riscos. Isso envolve uma avaliação contínua das ameaças potenciais, uma resposta ágil a mudanças nas leis e regulamentos, e a implementação de controles robustos. Uma organização que se destaca em compliance antecipa riscos, adapta-se a cenários em evolução e constrói resiliência contra ameaças externas.

Outro indicador de sucesso reside na eficácia das práticas de monitoramento e avaliação. Uma organização proeminente em compliance não se limita a auditorias regulares, mas utiliza ferramentas avançadas de análise de dados e inteligência artificial para identificar padrões e anomalias. A capacidade de interpretar dados e transformá-los em informações disponíveis e acessíveis revela a maturidade de um programa de compliance.

Outro ponto de extrema importância é a receptividade e a integridade do canal de denúncias, pois os dados oriundos dele são indicadores altamente relevantes de sucesso. Uma organização eficaz em compliance encoraja a comunicação aberta, trata as denúncias de forma séria e garante a confidencialidade. O fluxo consistente de informações através desses canais evidencia a confiança dos colaboradores no programa de compliance.

Finalmente, o sucesso é muitas vezes refletido na percepção externa da organização, pois uma reputação sólida, construída sobre práticas éticas e conformidade contínua serve como um verdadeiro amortecedor contra crises.

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