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Quais os erros mais comuns na Due Diligence

Quais os erros mais comuns na Due Diligence?

Sua empresa conhece os erros mais comuns na Due Diligence? A Due Diligence constitui o procedimento técnico mais adotado pelas corporações para mensurar riscos e identificar oportunidades em operações societárias, fusões, aquisições e investimentos.

O processo envolve uma avaliação detalhada das dimensões financeira, jurídica, tributária e operacional da empresa analisada, fornecendo base objetiva para decisões estratégicas.

A precisão do diagnóstico depende da metodologia aplicada. Uma Due Diligence executada de modo incompleto pode distorcer informações, comprometer o “Valuation” da empresa, gerar contingências jurídicas e deteriorar a confiança entre as partes.

O comitê de assuntos jurídicos do European Parliament aprovou modificações expressivas nas diretrizes sobre relatórios de sustentabilidade corporativa (CSRD) e na diretiva de Due Diligence sobre sustentabilidade (CSDDD). As mudanças elevam para 1.000 empregados o mínimo para aplicação da CSRD e para 5.000 empregados para a CSDDD. Além disso, foi removida a responsabilidade civil direta para algumas empresas e foram incluídas várias exceções.

Vale notar que os impactos de normas desse tipo reverberam globalmente. As empresas brasileiras que participam de cadeias internacionais ou têm investidores estrangeiros precisam observar como o ambiente regulatório externo afeta exigências de Due Diligence e compliance, alterando o nível de alcance, os custos e o escopo de processos de auditoria, governança e risco em operações de fusão, aquisição ou investimento. As regulamentações estão cada vez mais rígidas, o que reforça a necessidade de realizar uma Due Diligence em consonância com as melhores práticas e evitando os erros maus comuns na Due Diligence.

 

Afinal, quais os erros mais comuns na Due Diligence?

Confira agora os erros mais comuns na Due Diligence:

 

  1. Limitar a Due Diligence à análise documental

Tratar a Due Diligence apenas como revisão de relatórios e contratos reduz a profundidade da análise. Claro que os documentos são fontes essenciais, mas não revelam aspectos “invisíveis” como a cultura organizacional, as práticas de gestão ou eventuais passivos ocultos. As entrevistas com executivos, as visitas técnicas e as conversas com colaboradores estratégicos ampliam a compreensão sobre riscos que não aparecem nos relatórios.

 

  1. Desconsiderar obrigações trabalhistas

O passivo trabalhista é um dos pontos mais sensíveis das operações empresariais no Brasil. A avaliação precisa contemplar ações judiciais em andamento, histórico de cumprimento das normas da CLT, rotinas de contratação e encargos previdenciários.
Desse modo, uma verificação superficial é uma porta aberta para contingências e comprometimento do equilíbrio financeiro da operação.

 

  1. Subestimar riscos tributários

O ambiente tributário brasileiro é complexo e composto por diversas obrigações acessórias. A Due Diligence fiscal incompleta gera diversos riscos para a empresa, como deixar de identificar débitos inscritos em dívida ativa, autos de infração e inconsistências em declarações fiscais. Por isso, é necessário verificar também se a empresa aplica corretamente regimes especiais de tributação, como Simples Nacional e substituição tributária, além de avaliar a exposição a autuações e multas administrativas.

 

  1. Ignorar o compliance regulatório

Cada setor possui exigências normativas específicas que, se descumpridas, expõe a empresa a sanções, suspensão de licenças ou interdição das atividades.
O processo deve avaliar a aderência da empresa à Lei Anticorrupção (Lei n.º 12.846/2013), políticas de integridade, governança e controles internos. Além disso, a ausência de um programa de compliance eficaz compromete a reputação e o valor de mercado da organização.

 

  1. Avaliar apenas o panorama atual

Uma Due Diligence restrita ao presente ignora variáveis estratégicas de médio e longo prazo. Por isso, é essencial examinar a sustentabilidade do modelo de negócio, o posicionamento competitivo e a capacidade de adaptação tecnológica. Isso porque uma empresa consolidada financeiramente hoje não é garantia para o futuro se não acompanhar as transformações regulatórias, digitais e de consumo.

 

Conclusão

A Due Diligence constitui uma ferramenta de governança que orienta decisões empresariais com base em análises consistentes. O avanço das normas nacionais e internacionais, como a revisão das diretrizes europeias de sustentabilidade corporativa, reforça a importância de práticas consistentes de avaliação e rastreabilidade nas transações empresariais. A precisão da Due Diligence expressa a capacidade analítica e o nível de maturidade da organização.

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Gabriela Maluf

Founder & CEO da Thebesttype, empreendedora, escritora, advogada com 18 anos de experiência, especialista em Compliance Trabalhista, Relações Trabalhistas, Sindicais e Governamentais, Direito Público e Previdenciário, palestrante com mais de 200 eventos realizados e produtora de conteúdo técnico otimizado em SEO para sites e blogs. Atualmente ajuda empreendedores e profissionais liberais a crescerem digitalmente por meio de estratégias de Marketing de Conteúdo.

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