Muitas pessoas que hoje em dia no Brasil se mostram indignadas com o nível de corrupção que tomou o país de assalto, não notam a origem de pequenos atos falhos que são a semente dos atos indevidos praticados.
Atire a primeira pedra quem nunca ouviu falar em situações do cotidiano em que, por exemplo, na prestação de contas para a empresa, o colaborador apresenta uma nota fiscal com o valor a maior do que o realmente consumido, ou apresenta uma nota fiscal em que está oculto o consumo de itens não reembolsáveis pela empresa, atitude tomada apenas para “levar vantagem” diante a possibilidade de ganhar um benefício a mais. E pior, nesta situação ouvimos coisas do tipo “o fulano já fez e a empresa pagou, por isso também faço”, criando desta forma uma pratica sistêmica de pequenas corrupções, disseminando nos colaboradores a falsa ideia de que não há punição para falta de ética nas empresas.
Corrupção no dia a dia
As vezes atitudes acima são espelhadas em ações feitas pela alta administração da empresa que faz vistas grossas ao pagamento a agentes públicos para a aprovação ou agilização de algum processo que demoraria muito tempo, o chamado o “custo da facilidade”, alimentando assim a máquina da prática do suborno.
Outros pequenos atos que não notamos e que são vistos com “normalidade” é, por exemplo a utilização de recursos da empresa, para uso particular, como por exemplo, utilizar a impressora da empresa para imprimir trabalhos da faculdade, levar caneta esferográfica, papel A4, pastas plásticas, grampeadores para utilização em casa ou para completar o material escolar do seu filho.
Sim, isto ocorre com mais frequência do que imaginamos, e no caso em que a maioria dos colaboradores se utilizarem deste “beneficio” porque “não estão prejudicando” ninguém. Muitos destes atos do nosso dia a dia não percebidos ou vistos como “banais” por nós diante aos grandes escândalos envolvendo milhões entre agentes do governo e executivos de grandes empresas privadas, porém muito de nossa falta de visão para poder não aceitar tais situações provavelmente tiveram a origem nos pequenos atos falhos do dia a dia, e tiveram as justificativas por conta de algo que atendessem nossas necessidades e interesses de imediato, pela “facilidade” e pela falsa ideia de que “não estamos prejudicando ninguém”.
Normalizamos a corrupção?
Mas será que não estamos prejudicando mesmo? Até quando iremos ter a falsa ideia de que o problema é sempre de outra pessoa e nunca nosso em todas as atitudes de nosso dia a dia. Em nossos atos indevidos a sociedade fica prejudicada, você fica prejudicado.
Em nosso curso de auditor Líder ISO 37001 – Sistema de Gestão Antissuborno, uma das normas de combate ao suborno, eu apresento que, os efeitos mais comuns de suborno na sociedade são:
- Corrosão da justiça
- Enfraquecimento dos direitos humanos
- Obstáculo para o alívio da pobreza.
- Causa o aumento do custo para se fazer negócios.
- Introduz incertezas nas transações comerciais.
- Eleva o custo dos bens e serviços.
- Diminui a qualidade dos produtos e serviços, levando à perda de vida e propriedade.
- Destrói a confiança nas instituições.
- Interfere com a justa e eficiente operação dos mercados.
Por que com outros atos de corrução seriam diferentes? Leve essa reflexão para seus amigos e colegas de trabalho.
Caso deseje aprender mais sobre a norma IS0 37001, conheça nossos cursos:
Adicionar Comentário