A Copa 2018 nos permitiu observar diversas condutas profissionais e pessoais de jogadores, torcedores, políticos, repórteres de todas as culturas em um só lugar, e sobretudo, questionar no viés de Compliance, se essas condutas eram éticas ou não éticas, morais ou imorais, legais ou ilegais.
O melhor é que em uma mesa de bar nos permitimos também, discutir e ouvir opiniões bem divergentes. Isto porque, cada um tem sua visão de moralidade, consequência de sua experiência, cultura, educação, meio social, territorial, uma vez que há leis que proíbem condutas em determinados locais e em outros são permitidos, dentre outras variáveis relativas ao costume de determinado povo. Mas, então, com esse olhar, quem foi o time vencedor?
Muitos elegeram a Croácia, sua Chefe de Estado deu um show de imparcialidade, integridade e conduta. Como noticiado, por meios de comunicação, a presidente croata participou dos eventos na Rússia e no período em que esteve de folga, os dias foram descontados do seu salário, como também arcou com suas despesas, viajou de classe econômica e representou muito bem o seu país.
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Já em relação a torcida, quem deu show de bola foram os Senegaleses e Japoneses que limparam os estádios pós jogos. Aqui, cabe uma reflexão, povos tão diferentes, digo em relação à economia, enquanto o Japão encontra-se no 4º lugar no que tange ao PIB- Produto Interno Bruto, Senegal encontra-se no 113º, no quesito educação (Taxa de Alfabetização) Senegal está no 147º, no Japão o analfabetismo é praticamente inexistente. Apesar dessa disparidade, no quesito comportamental, os dois povos se sobressaíram como de “1º mundo”, estão de parabéns!!!
Um destaque em relação aos repórteres, melhor dizendo AS repórteres, dois casos de assédios foram registrados publicamente, quando da transmissão das notícias: uma repórter da Globo e outra da DW, neste último ocorrido, o russo desculpou-se publicamente. Se fizermos uma adaptação em que a Copa é uma empresa, a Rússia o local de trabalho e todos os presentes estão exercendo suas rotinas operacionais, o que esse comportamento ensejaria? Com certeza, as ocorrências seriam avaliadas minunciosamente pelo Compliance Officer!!! As medidas cabíveis seriam tomadas e amplamente comunicadas, como também as sanções seriam aplicadas àqueles que violaram o suposto Código de Conduta da Copa!
E qual o destaque comportamental entre jogadores?
Apesar de ter muito desfile e pouco jogo, o jogador francês, Kylian Mbappé, se destacou por compartilhar sua cultura e história para todo o mundo, principalmente seus valores familiares e fechou com a chave de ouro ao anunciar que doará todo o dinheiro do evento para instituição de caridade.
A verdade é que quando acaba o jogo e os anos passam, podemos até esquecer quem foi o time vencedor, mas as condutas e o comportamento de cada um são lembrados para o resto da vida.
O Compliance eficiente, dentre vários objetivos, primordialmente, protege a reputação da instituição, se preocupando diariamente com as pessoas, como elas estão se comportando, se os princípios, valores e missão estão claros; identifica o momento de reforçar treinamentos; estabelece canal adequado para o diálogo; esclarece o que é CERTO e o que é ESPERADO de cada um, possibilitando uma CULTURA ORGANIZACIONAL robusta em que TODOS SÃO OS VENCEDORES.
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