Os últimos anos foram excepcionalmente desafiadores para os CEO’s brasileiros, que tiveram a missão de enfrentar o cenário da pandemia de covid e todo o caos que ela causou, e, quando uma certa sensação de alívio se aproximava, uma guerra teve início no Leste Europeu. Estes episódios afetaram questões cruciais como gestão de equipe mundial de trabalho de maneira remota, alterações estruturais na cadeia de suprimentos e mudanças significativas nos modelos de negócios e de trabalho. Por esse motivo, a KPMG realizou uma pesquisa (KPMG 2022 CEO Outlook), que analisa o cenários dos CEO’s brasileiros coletando suas opiniões. Acompanhe a leitura e fique por dentro dos resultados deste relevante estudo!
A pesquisa analisou a resposta de 1.325 líderes do grupo global do qual fazem parte os seguintes países: Alemanha, Austrália, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão e Reino Unido, realizando um comparativo com as respostas de 50 CEO’s brasileiros de diversos segmentos.
Além disso, o estudo também comparou os cenários de 2021 e 2022, para traçar um perfil dos líderes e como eles pensam, comparando as respostas com líderes de alguns países da América do Sul, são eles: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela.
O resultado foi a identificação de um certo alinhamento nas ideias dos líderes regionais, bem como a agilidade demonstrada na tomada de decisões estratégicas, revelando resiliência e alta capacidade de adaptação, mesmo em cenários de forte crise.
O resultado da análise brasileira indica que 58% das empresas alcançaram receitas acima de US$ 10 bilhões no ano fiscal de 2022, superando os resultados globais que correspondem a apenas 35% de empresas que alcançaram este patamar de ganhos.
A pesquisa revela ainda que 70% das empresas brasileiras de capital aberto, obtiveram aumento de faturamento neste ano fiscal, com destaque para a opinião dos CEO’s brasileiros, que, em sua maioria (94%) se mostraram confiantes quanto ao crescimento, superando o percentual de entrevistados na amostra global (85%).
Um dos maiores desafios enfrentados foi a falta de fertilizantes para o setor de Agronegócio, tendência que deve permanecer em 2023, segundo o estudo. Em 2021, o Brasil importou 85% dos insumos usados na produção agrícola nacional, sendo que desse total, 23% são de origem russa.
Além disso, o estudo apontou algumas das principais preocupações dos CEO’s brasileiros para 2023, confira agora quais são:
- Riscos à reputação devido à uma cultura antiética dentro da organização;
- Aumento de impostos;
- Ameaças à reputação;
- Perda de talentos;
- Impactos negativos na cadeia de suprimentos;
- Taxa de juros elevada;
- Incertezas políticas;
- Mudanças climáticas;
- Tecnologias disruptivas;
- Segurança cibernética;
O destaque para o cenário político é demonstrado pela maior preocupação dos CEO’s brasileiros com mudanças regulatórias, que corresponde a 16% dos entrevistados em comparação com apenas 10% com os entrevistados em nível global.
O risco de recessão nos próximos doze meses é outro ponto relevante apontado por 32% dos CEO’s brasileiros e por 86% dos CEO’s em nível global, representando uma diferença marcante entre os grupos.
No entanto, apenas 28% dos CEO’s brasileiros são contrários à tomada de ações preventivas para um cenários de recessão, contra 76% das respostas dos CEO’s da amostra global, representando um paradoxo.
O estudo revelou ainda que, em matéria de planejamento estratégico, a amostra global está mais preparada, apesar de terem uma perspectiva mais pessimista quanto aos riscos de recessão.
A pesquisa é abrangente e abordou diversos outros pontos relevantes como diversos riscos e ameaças, o papel do ESG, mudanças nos modelos de trabalho, ameaças digitais, impactos do trabalho remoto, atenção ao propósito corporativo, dentre outros.
No entanto, resultado global, aponta para um alto nível de otimismo e resiliência dos CEO’s brasileiros. Conheça os dados da pesquisa na íntegra clicando aqui e deixe seu comentário nos contanto se esse conteúdo foi útil!
Adicionar Comentário