A Transparência Internacional – organização dedicada, há mais de vinte anos, à luta contra a corrupção –, acabou de publicar um relatório de avaliação das 100 maiores empresas e dos 10 maiores bancos brasileiros (a partir de um ranking Valor 1000 publicado pelo jornal Valor Econômico), analisando-se se e como procedem à divulgação de informações sobre (i) seus programas anticorrupção, (ii) estrutura organizacional e (iii) dados financeiros sobre a atuação em outras nações.
Como esperado, o desempenho das corporações pesquisadas foi abaixo da média – mesmo em se tratando das queridinhas dos investidores da BOVESPA, da Forbes ou do público consumidor: em uma escala de 0 a 10, a nota geral foi de 5,7, sendo que as multinacionais brasileiras, por não divulgarem as informações mais elementares aos países nos quais atuam fora do brasil, conseguiram arrastar o desempenho do país à nota 4,5.
Em conclusão, a forma como o Brasil faz negócios ainda é obscura ao restante do mundo. Muitas de suas empresas, independentemente do tamanho da planta, almejam celebrar contratos transcontinentais ou, mesmo, receber aportes de investidores internacionais, contudo, sequer iniciaram a trilha de amadurecimento à uma cultura de transparência, ética e prestação de contas.
É justamente nesse contexto que jaz a importância da certificação para a Norma ISO 37001:2016.
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Por se tratar de um padrão internacional de gestão de Sistema de Compliance Antissuborno, o standard prima pela conformidade das práticas empresariais de forma holística, atendendo com técnica minuciosa e sofisticada às necessidades de qualidade e conformidade legal demandadas tanto pela operação (âmbito interno) como pelas partes interessadas (órgãos governamentais, fornecedores, clientes, empregados, sócios, acionistas e a comunidade em que o empreendimento está inserido).
Ao se optar pelos parâmetros da Norma ISO 37001:2016 e sua certificação, garante-se que todos os envolvidos no contexto da empresa possam percebê-la livre de corrupção, regulada, transparente e, sobretudo, previsível, seja no que se refere ao comprometimento incessante com a melhoria contínua (através rodagens periódicas e criteriosas do ciclo “P-D-C-A”) ou à sua postura de mercado.
Essa previsibilidade é a verdadeira indutora da segurança e confiabilidade aos stakeholders, assim como da melhor indexação das companhias brasileiras nas avaliações feitas pela Transparência Internacional de agora em diante.
Aliás, se praticada e monitorada com seriedade e adequação, tendo este objetivo divulgado em larga escala e formatado como um compromisso junto às comunidades nacional e internacional através de um selo, consistirá em verdadeiro passaporte com visto permanente às cadeias globais de valor, garantindo à empresas certificadas a valorização sólida e crescente de suas marcas, além de maior competitividade em seus segmentos de atuação.
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