O Índice de Percepção da Corrupção (IPC) é mundialmente reconhecido como um relevante “termômetro” sobre de que forma cada país gerencia a corrupção em seu território.
Importante frisar que o IPC mede a percepção de corrupção devido à dificuldade de medir níveis absolutos de corrupção, o que já foi objeto de críticas devido ao elevado grau de subjetividade dos métodos utilizados.
A Transparência Internacional utiliza várias fontes para coletar as informações, tais como pesquisas globais de percepção da corrupção que coletam informações de especialistas em corrupção e empresários em todo o mundo.
São utilizadas também como fonte dados coletados em pesquisas locais de percepção da corrupção conduzidas por organizações parceiras da TI em cada país, bem como dados de outras organizações internacionais, como o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial, que também coletam informações sobre corrupção.
Como é calculado o Índice de Percepção da Corrupção (IPC)?
O IPC é calculado com base em pesquisas de percepção e opinião realizadas por organizações especializadas em pesquisa de mercado em parceria com a Transparência Internacional (TI). Eles avaliam o nível de corrupção em cada país, dando notas de zero a 100, onde zero significa que o país é altamente corrupto e 100 significa que ele é completamente livre de corrupção.
A Transparência Internacional também publica o Barômetro de Corrupção Global , que classifica os países por níveis de corrupção usando pesquisas diretas em vez de opiniões e percepções de especialistas, essa é a maior pesquisa do mundo sobre a opinião pública sobre corrupção, contando com 114.000 pessoas em 107 países sobre sua visão da corrupção.
Qual a importância do Índice de Percepção da Corrupção (IPC)?
A importância do IPC está relacionada ao fato de que a corrupção é um problema grave em todo o mundo, afetando negativamente a economia, a democracia e a sociedade como um todo. Países com altos níveis de corrupção tem dificuldades para atrair investimentos e enfrentam sérios problemas políticos e sociais, como desigualdade, altos níveis de pobreza.
Além disso, o referido índice permite comparar a percepção da corrupção em diferentes países e regiões e, portanto, pode ser utilizado como uma ferramenta para orientar políticas públicas e promover a transparência e a integridade.
O IPC permite o monitoramento da percepção de corrupção ao longo do tempo, possibilitando a avaliação do impacto das políticas anticorrupção e a identificação de tendências em relação à corrupção em diferentes países e regiões.
Outro ponto importante é que o IPC incentiva a transparência e a prestação de contas por parte dos governos, pois destaca a importância da percepção da corrupção como um fator que deve ser considerado para a avaliação da qualidade das instituições públicas.
Assim, um efeito que o IPC causa é o de aumentar a pressão sobre os governos para agirem contra a corrupção, uma vez que uma baixa pontuação afeta negativamente a reputação do país e sua capacidade de atrair investimentos e apoio internacional.
A análise do IPC também contribui para que os governos a identifiquem áreas problemáticas e orientem a formulação de políticas públicas mais efetivas e adequadas para combater a corrupção.
Por fim, o IPC pode funcionar ainda como um fator de fortalecimento da sociedade civil, incentivando o engajamento dos cidadãos no combate à corrupção e aumentando a demanda por transparência e integridade nas instituições públicas.
Qual o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) do Brasil em 2022?
Segundo matéria publicada no portal da CNN, o IPC do Brasil referente a 2022, divulgado pela referida ONG em 31 de janeiro de 2023, o Brasil ocupa a posição número 94º no ranking mundial composto por 180 países participantes.
A posição do Brasil é claramente ruim, contando com apenas 38 pontos numa escala de zero a 100, permanecendo estagnado na última década, o que revela a dificuldade do país em combater a corrupção.
Além disso, países como Etiópia, Tanzânia, Argentina e Marrocos possuem pontuação igual a do Brasil no IPC, considerada abaixo da média mundial.
A Dinamarca, por sua vez, é a ocupante do primeiro lugar no ranking, com 90 pontos, em segundo lugar está a Finlândia e Nova Zelândia, com 87 pontos cada.
Por fim, vale frisar que há países com desempenho ainda pior, são eles: Somália, ocupando último lugar com apenas 12 pontos, e Síria, em penúltimo lugar no ranking com 13 pontos.
Conclusão
O relatório global do IPC enfatiza a relação entre corrupção, conflito e segurança. De acordo com o relatório, a corrupção prejudica a capacidade do Estado de garantir a paz e segurança aos cidadãos.
Isso ocorre porque a corrupção enfraquece as instituições policiais e de defesa, tornando mais difícil para o Estado controlar seu território e prevenir ameaças de violência, incluindo o terrorismo.
Além disso, a corrupção origina ou agrava conflitos sociais porque faz com que as pessoas percam a confiança nas instituições e desgasta a legitimidade do Estado.
Neste contexto, o IPC pode contribuir para aumentar a conscientização sobre a corrupção em todo o mundo e incentivar os governos a adotar medidas para combater a corrupção.
Este índice, pode colaborar para identificar quais países precisam de mais atenção e recursos para combater a corrupção, além de fornecer uma base de dados para pesquisadores, jornalistas e ativistas que trabalham na área.
A posição do Brasil no IPC prejudica a imagem do país, dificulta a captação de investimentos estrangeiros e a celebração de acordos comerciais em nível internacional, por esse motivo é de extrema importância melhorar a capacidade do país em lidar com a corrupção, implementando medidas efetivas e maior transparência nas intuições públicas.
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