A KPMG realizou uma pesquisa denominada “Maturidade do Compliance no Brasil”. O principal objetivo do estudo foi identificar quais as percepções das empresas brasileiras sobre o tema, e os desafios do maior gargalo dos programas de Compliance atualmente: a efetividade. Destaca-se ainda uma análise sobre o nível de maturidade de setores relacionados à gestão de boas práticas, de governança corporativa, comunicação e treinamento, pessoas e competências. Confira agora quais as conclusões dessa pesquisa. Acompanhe a leitura!
A maturidade do Compliance no Brasil é, certamente um dos temas corporativos mais relevantes da atualidade, e as razões são muitos simples:
Quanto mais maduro o programa de Compliance, maior será a sua efetividade, ou seja, a sua capacidade de surtir efeitos práticos quando ao cumprimento da Lei Anticorrupção e implementação de uma cultura de integridade.
A maturidade do Compliance influencia diretamente na credibilidade da organização perante o mercado, no ganho reputacional, na prevenção dos riscos de fraude e corrupção de maneira mais ampla e efetiva, na melhoria dos resultados financeiros, do clima organizacional e da produtividade.
Diante da relevância do tema, a KPMG disponibilizou os resultados da pesquisa Maturidade do Compliance no Brasil, os quais revelaram aspectos importantes, como o fato de apenas 64% das empresas contarem com um processo de avaliação de riscos de Compliance.
Outro dado relevante, é o fato de 85% dos entrevistados reconhecerem que um dos maiores desafios enfrentados é justamente identificar, avaliar e monitorar corretamente as questões ligadas ao Compliance e seus aspectos regulatórios.
No entanto, apenas 55% desses respondentes, afirmaram possuir um inventário regulatório implementado e monitorado, e 52% reconheceram não ter um processo eficiente de Due Diligence de terceiros.
A questão dos treinamentos de Compliance também é um dos pontos chave que vem sendo amplamente discutido, tendo em vista o consenso no sentido de que sem treinamento constante não é possível consolidar uma cultura de integridade.
Assim, os treinamentos devem ser ministrados periodicamente, sem esquecer do foco na melhoria das comunicações para que haja uma real mudança para melhor na conduta de todos os stakeholders.
Neste cenário, um dos tópicos da pesquisa realizada pela KPMG foi exclusivamente voltada para Comunicação e Treinamento, identificando que 77% dos entrevistados afirmaram ter recebido treinamentos voltados para o Compliance e Anticorrupção Ética e Conduta no último ano.
Porém, 57% dos entrevistados, afirmam que os terceiros não receberam esses mesmos treinamentos durante o período.
Os níveis utilizados como parâmetro para qualificar as empresas quanto ao seu grau de maturidade de Compliance foram:
- Avançado;
- Integrado;
- Maduro;
- Sustentável;
- Fraco;
A pesquisa é bastante ampla e envolve aspectos minuciosos desse complexo universo de boas práticas, revelando que, em muitos deles o grau de maturidade das empresas brasileiras é sustentável ou fraco.
A gestão de terceiros e contratos, os riscos trabalhistas, incluindo segurança do trabalho, previdenciário e tributário são considerados os mais elevados nas empresas brasileiras.
O estudo contemplou 35 perguntas e 9 elementos, e contou com a participação de 240 empresas brasileiras, em diferentes regiões do país e com diferentes estruturas.
A maior parte das empresas respondentes (21%), possuem receita operacional bruta de 1Bi a 5Bi, referente ao ano de 2019 e 23% tem de mil a três mil colaboradores.
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