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Valorize o time de compliance na Pandemia

As demissões dos profissionais do Compliance em razão da pandemia de Covid-19 podem trazer consequências desastrosas no cenário pós-crise. O texto faz uma reflexão a respeito do papel deste profissional na gestão da crise.

O capitalismo consciente é uma tendência mundial, fruto de uma mudança de “mindset” das organizações que começaram a notar o quanto é importante investir no bom relacionamento com seus colaboradores.

O perfil competitivo, sempre tão valorizado nas grandes corporações, começou a ceder espaço ao colaborativo.
As empresas começaram a harmonizar seus interesses com os dos seus colaboradores, pois finalmente perceberam que além de promover o bem estar, os lucros são maximizados com essa mudança de postura.

A empresa que valoriza seu colaborador faz com que ele valorize o cliente e o resultado disso são relações mais saudáveis e melhoria do clima organizacional.

Neste contexto, surge também o conceito de RH humanizado, que, como o próprio nome sugere, defende a humanização das relações de trabalho.

A Pandemia da Covid-19 impactou profundamente empresas e pessoas, deixando-as mais vulneráveis ante o caos instalado.

A pergunta que não quer calar é: Será o momento de abandonar esses novos conceitos ou de reforçá-los?

Estamos presenciamos campanhas incentivando os empresários para que não demitam seus colaboradores e a legislação trabalhista foi flexibilizada com o mesmo intuito.

Estas iniciativas são essenciais para reforçar os novos valores corporativos que vêm sendo construídos e apoiar os empresários neste momento delicado.

No entanto, há diversos relatos de profissionais do Compliance nas redes sociais, informando que foram demitidos em razão da redução de quadro de pessoal provocado pela pandemia.

Embora os profissionais de todas as áreas contribuam e sejam importantes para os resultados do negócio, o time do Compliance é essencial neste momento de crise.

Isso porque a hora de gerenciar de perto os riscos e controles internos, de garantir o bom funcionamento do canal de denúncias, de reforçar os valores do programa de integridade, de contar com um Comitê de Crise bem estruturado, dentre outras ações imprescindíveis, é agora!

As ações de Compliance não podem ser interrompidas e desvalorizar o profissional de Compliance que tanto contribui para a reputação do negócio, não parece ser medida acertada.

Historicamente a humanidade aprende lições importantes com as crises, mas a diferença agora é que neste pós-crise nada será como antes, o “novo normal”, se estabelecerá e as empresas que valorizaram seu capital humano, preservaram sua reputação e demonstraram postura solidária, se destacarão no futuro.

A crise trará uma mudança de mentalidade para os consumidores e clientes, que certamente valorizarão ainda mais a reputação das empresas com quem mantém relacionamento.

Você já parou para pensar em qual será a preferência do consumidor, no pós-crise, quando ele precisar optar por uma marca que promoveu ações positivas durante a pandemia, e outra que nada fez, demitiu em massa e ainda se posicionou na mídia de forma agressiva?

O cenário é complexo e não é objetivo deste artigo esgotar o tema, mas apenas trazer à tona essa importante reflexão.

Gabriela Maluf

Founder & CEO da Thebesttype, empreendedora, escritora, advogada com 18 anos de experiência, especialista em Compliance Trabalhista, Relações Trabalhistas, Sindicais e Governamentais, Direito Público e Previdenciário, palestrante com mais de 200 eventos realizados e produtora de conteúdo técnico otimizado em SEO para sites e blogs. Atualmente ajuda empreendedores e profissionais liberais a crescerem digitalmente por meio de estratégias de Marketing de Conteúdo.

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