Gabriela MalufA inteligência artificial generativa ajuda empresas a processar abundância de dados e a identificar riscos legais, regulatórios e reputacionais de maneira rápida, consistente e objetiva, tornando os controles internos mais eficientes.
Os modelos de linguagem de grande escala, semelhantes aos que sustentam ferramentas como o ChatGPT, que permitem automatizar análises de compliance e detecção de fraudes. As tarefas que antes demandavam horas de interpretação manual podem agora ser concluídas em segundos, de forma organizada e alinhada às políticas de risco da empresa.
No que se refere às diligências, a IA acelerou a análise e o processamento de milhares de fontes de informação, sobre condenações, situação fiscal ou ambiental, com explicações objetivas sobre decisões, como, por exemplo, a reprovação de um fornecedor ou indícios de risco reputacional em uma contratação. Além disso, por meio da integração com ferramentas de Data Analytics, é possível otimizar processos internos e fundamentas as decisões.
O uso da inteligência artificial permite avaliar terceiros, fornecedores, parceiros e colaboradores com precisão, acompanhando cada etapa de forma clara e auditável. A chegada dessa tecnologia abre um novo capítulo na gestão baseada em dados, permitindo uma comunicação clara e objetiva de resultados e análises, que agiliza a tomada de decisões. Isso reforça a percepção de especialistas de que o compliance assume papel cada vez mais estratégico dentro das organizações.
No nível operacional, o impacto é evidente: relatórios automatizados e resumos inteligentes eliminam gargalos, aumentam a eficiência das equipes de compliance e permitem decisões mais rápidas, sem comprometer o controle interno. Tudo isso ocorre a partir de regras customizadas e adaptadas à realidade de cada empresa.
Quais controles internos de Compliance que podem ser melhorados com IA?
No monitoramento de transações financeiras, por exemplo, os algoritmos conseguem identificar padrões suspeitos, fraudes ou indícios de lavagem de dinheiro em tempo real, analisando volume de dados que seriam impossíveis de serem revisados manualmente.
Na análise de contratos e documentos, a IA permite revisar cláusulas, detectar riscos ou inconsistências e apoiar auditorias internas, reduzindo erros e acelerando processos que antes demandavam semanas. Também é capaz de identificar conflitos de interesse, cruzando informações de funcionários, fornecedores e parceiros, evitando problemas legais antes que se consolidem.
Nos canais de denúncias é possível classificar e priorizar relatos, detectar padrões e indicar potenciais riscos recorrentes, tornando as investigações mais ágeis e eficientes. No acompanhamento de conformidade regulatória, sistemas inteligentes monitoram mudanças em leis e normas, comparando políticas internas com requisitos legais e sinalizando lacunas que exigem atenção. Além disso, a IA melhora os treinamentos considerando as peculiaridades do público-alvo, riscos e perfil dos colaboradores.
A questão que se coloca hoje não é se a organização vai utilizar inteligência artificial no compliance, mas em que momento isso se tornará parte de sua rotina estratégica.
Se você gostou desse conteúdo, deixe seu comentário e compartilhe com que ele possa ser útil!
