A Cultura de Compliance é decisiva para o seu sucesso a longo prazo e mudar a cultura da empresa exige um esforço incansável.
Neste artigo vamos abordar a importância da cultura de Compliance nas organizações e algumas dicas sobre como deve ser o processo de mudança de cultura organizacional.
O que é e como deve ser disseminada
A cultura de Compliance é o compromisso que a empresa assume no sentido de aderir a princípios e normas de integridade, o que abrange o cumprimento de normas como o código de conduta, leis, regulamentos etc. O ponto de partida da cultura de Compliance sem dúvida, deve ser a alta administração, e ela quem deve fornecer o suporte necessário para servir de exemplo. Ela precisa ser constantemente disseminada para alcançar a TODOS os colaboradores de uma organização.
É consenso entre os profissionais da área que implementação de uma cultura Compliance deve partir do topo e se estender até a base da pirâmide hierárquica. Neste contexto, a principal função do Compliance Officer é garantir que absolutamente todos os funcionários compreendam a cultura da empresa e se adequem a ela. Os canais de denúncia podem ser um excelente mecanismo para entender melhor sobre como a cultura de Compliance é praticada pelos colaboradores.
Por esse motivo, as denúncias devem ser incentivadas e valorizadas em todos os níveis da organização. A Lei Anticorrupção, por sua vez, recomenda que todas as empresas adotem um programa de Compliance, mas não basta a criação de programas sem que haja uma mudança de cultura efetiva.
Como implementar a Cultura de Compliance
A criação de um código de conduta e o treinamento dos colaboradores são os primeiros passos para a criação de um programa de Compliance.
O mapeamento dos riscos é um ponto fundamental também, tanto que a norma ISO 37001 trata da prevenção do risco. Neste contexto, um os pilares do programa de Compliance, a matriz de risco, objetiva prevenir, detectar e remediar os riscos. No entanto, a prática da ética no dia a dia deve ser estimulada, e o exemplo deve vir do topo da organização. Isso quer dizer que, além de estar em conformidade com as leis, os valores éticos devem incorporados nas práticas diárias, mesmo que não haja punição prevista em lei.
Em outras palavras, é preciso trabalhar numa mudança de mindset dos colaboradores para que eles realmente compreendam que não é necessário haver punições para compeli-los a agir de maneira ética e transparente.
Assim, a empresa precisa deixar claro que repele atitudes reprováveis como o preconceito, por exemplo, pois prejudicam a reputação da empresa, mesmo que não sejam puníveis legalmente. O código de conduta e os canais de denúncia, por si só, não são suficientes para se evitar as práticas de corrupção, sobretudo quando elas não estão diretamente ligadas a questões legais.
A alta administração não tem controle sobre todos os comportamentos inadequados dos colaboradores e gestores. Por essa razão a ampla disseminação de uma cultura de Compliance é possível manter a ética e transparência de forma geral. Em outras palavras, não basta vigiar, é preciso conscientizar a todos sobre a necessidade de adotar comportamentos éticos. Quanto mais pessoas estiverem conscientes da sua missão, mais fiscalizarão as atitudes dos demais e assim a cultura se dissemina de maneira efetiva.
A criação da cultura de Compliance não envolve apenas a simples adequação a leis anticorrupção, normas e regulamentos. Essa é na verdade um caminho único e irreversível para o sucesso das organizações.
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